terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Orgulho x Orgulho.

Enquanto a chuva cai lá fora, eu estou aqui com um nó na garganta, como se fosse uma vontade de gritar. Quero me aliviar disso. Quero ser livre, quero poder cantar sem perder o ritmo. Será que não me enxergas por dentro? Ou será resto da sua vida você irá me julgar pela aparência, pelo gênero musical que eu gosto, ou pelas paixões da minha vida? Isso é absurdo meu Deus! Não se deve julgar uma pessoa por ela ter um cabelo bizarro, ou por ela ter tatuagem. Cadê a cabeça aberta? Preconceito! É isso! Julgue a pessoa por o que ela pensa, julgue as coisas que se passam na cabeça da pessoa. Eu quero que sinta orgulho de mim, pelo o que eu sou. Não quero que tente me mudar. Eu sou assim... Tente me conhecer, venha me conhecer!  Eu quero poder te abraçar novamente, poder rir com você, poder sair correndo em tua direção. O que há tempos não acontece. Aqui dentro de mim, sinto um vazio, que só você poderá completar. Mais se você não me ajuda como irei te ajudar?
  Nossos desentendimentos foram\são causados por coisas fúteis, e a maioria delas, por ignorância dos dois lados. Queria poder ter a coragem de chegar a você e dizer: “Você é tudo na minha vida, me perdoe por tudo!” Mais a vida é assim mesmo, há os corajosos e os covardes, assim como eu. Eu não sei o que é isso, mais tenho receio de me aproximar. Medo. É exatamente isso! Ou talvez seja mesmo o orgulho. Sou muito orgulhosa, isso foi uma coisa que absorvi de você. E é como diz a música do Renato Russo: ”Você me diz que os seus pais não te entendem, eles são crianças como você”. Talvez seja isso, você e eu somos crianças mimadas. Não consigo aceitar o seu modo ver a vida, e você não aceita o meu. Acho que sempre será assim, essa “guerrinha”, que aos poucos vai matando minha alma. Não percebes que todos os dias faleço um pouco? Insano, é isso o que você é. Oh, por favor, me perdoe por essas palavras! A ironia também toma conta de nós. Tu não imaginas a vontade que sinto de acabar com tudo isso, e poder viver em paz. Às vezes eu sinto uma vontade incontrolável de ficar doente, pra ver se você vem cuidar de mim. Mais eu penso, “não, eu tenho que cuidar dele, a obrigação é minha.” É o orgulho, to falando! Não posso viver assim, com essas brigas, gritos que rasgam a minha alma, essas lágrimas... Afinal, vocês entendem o que eu quero? Talvez eu só queira um pouco de atenção, um pouco de amor. Sou tão carente de afeto, e é por isso que entrego minha alma tão fácil ás pessoas. Por isso, quase sempre eu sofro...
  Sinto falta de quando me trazia chocolates, me levava pra brincar no parque, e me enchia de beijos. Oh querido passado, como sinto falta de ti! Mais nunca me perguntou: “filha, o que você quer ser quando crescer, ehn?!”. Nunca perguntou: “Como foi seu dia hoje? Como foi na escola?!”. Ou “porque você está triste? Será que posso fazer algo para ajudar querida?”. Na verdade, hoje em dia não há diálogo entre nós. Só nos “falamos” para discutir. Não estou aqui para criticá-lo. Na verdade, foi um forma de desabafar. É... Mais ele nem imagina o tamanho do orgulho que sinto dele, por ter construído esse “império”, o tamanho do amor que está aqui dentro do meu coração. Não sabe a falta que me faz. NÃO SABE. Não sabe a vontade que tenho de voltar no passado e concertar tudo. A coisa que eu mais quero agora é poder deixar de ser orgulhosa e covarde e dizer: Eu te amo pai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário