sexta-feira, 1 de abril de 2011

Eu preciso, eu preciso.

Eu preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar. Me aperte o pause, me deixe em assistir, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda. Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim para, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama. E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou... Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora. Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento? Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Não se preocupe.

Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoismo, e o que não mata com certeza fortalece. Às vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer, a vida continua. Pra qualquer escolha se segue alguma conseqüência, vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder pra aprender a dar valor e os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos. Não fique preocupado, você nunca sabe quem está se apaixonando pelo seu sorriso.

A vida lá fora me chama.

Ela também teve seu coração machucado. Dilacerado, imagino. Desse mal, meu bem, ninguém escapa. Mas acho que agora, consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei e amo sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sim, sonhei com uma casa no alto de uma montanha, onde pessoas eram como formiguinhas, jardins e nos duas correndo de mãos dadas a beira mar. Mas acho que tudo está bem agora, eu digo: agora. Eu refleti muito essa madrugada e houve uma mudança de planos e eu me sinto incrívelmente mais leve. Acho que a vida só traz as pessoas em sua vida pra te ensinar a ser cada vez mais forte. Descobri tantas coisas. Tantas. Tantas. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas eu sei que faz um bem danado depois que passa. E vai passar. Descobri, ou melhor, estou em fase de aceitação: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!

I need You

A culpa é dessa demora angustiante que deixa espaço para que minha mente trabalhe em ritmo tão acelerado. Ela está prestes a explodir com tantos palpites sobre o que realmente eu devo achar. E você ainda assim, continua nessa, de falar sem falar e me obrigar a entender.
Tente entender, que hoje, eu só queria falar com você. Não importam as palavras, os gestos, nem tampouco se você inventará uma desculpa para fugir. Não importa se você ficará paralisado na minha frente, sem ouvir nada, sem me ver, sem me sentir. Hoje eu só quero que escute o que tenho a te dizer.
Hoje eu só quero que dê uma chance à esse sentimento disfarçado em arrogância que eu sei que está aí dentro. Me sinta, pela última vez, me escute, e diga tudo que tem a dizer antes que seja a hora da minha partida.
Olha, eu sei que não tem sido fácil para você ter que relevar os meus deslizes justificados em insegurança. Sei que eu não deveria ter deixado meu coração chegar a esse ponto, e que deveriamos nos odiar há tempos. Mas hoje, me desfaço do meu ódio tão inflado e tão contraditório para te amar só mais uma vez. Só por hoje quero esquecer as dúvidas que me perseguem sobre o que sente. Quero maltratar o meu orgulho e transformar em piada a minha queda nesse precipício. Quero engolir os cacos de vidro das suas palavras. Quero dar contorno aos desenhos que estão impregnados na minha mente. Essa é somente mais uma prova que sou uma masoquista; mas do que adianta continuar em luta? Você sempre vai ganhar, mesmo quando eu estou certa, sempre acabo em desculpas.
Agora você pode ver que não existem dois sem três; que a vida vai e vem e não se detém. Que a distância é a vilã; que esse sentimento me destrói e nos mantêm vivos.
É doentio. Eu não consigo mandar no que sinto, queria não aceitar, mas ainda assim, sou inundada por recordações que me fazem insistir numa vida trezentas vezes maior que a minha. Sentirei falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado, e que você me via tanto, mas preferia fazer que não via nada. Agora Leve-me se você quiser, a perder, a nenhum destino, sem nenhum por que. Me faça levar junto a mim suas últimas palavras, me faça crer, que pra você também foi tudo real, verdadeiro.
E agora? Quem vai me entregar suas emoções? Quem me cobrirá essa noite se fizer frio? Quem encherá de alegrias e sorrisos bobos feitos sozinhos este janeiro e baixará a lua para que brinquemos? Me diz, quem vai me confortar? Eu preciso do teu cheiro, do teu abraço, da tua voz, dos seus sermões, do seu jeito, do seu cinismo, do seu sarcasmo, dos seus ideais; eu preciso de você aqui comigo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Essa nova geração...



Tudo hoje em dia mudou, mais nada mudou realmente. Ainda temos guerras, depressões e desamor. E o que eu sonho para o futuro da minha cidade? O meu futuro, na realidade. Eu sonho um futuro melhor pra mim e para todos, que todos tenham um bom emprego e que essa nova geração construa algo bom para que se possa aproveitar.
Mais na realidade, essa geração destrói tudo ao invés de construir, e esta tão perdida, que não conseguem enxergar um palmo a sua frente. As pessoas estão tão ignorantes, que só pensam no dinheiro. Ta certo que hoje em dia, ninguém mais vive sem dinheiro. Mas do que a adianta você estar lá se esbanjando no dinheiro, gastando 100,00 reais em um prato de comida, enquanto o outro está lá “vasculhando” o lixo pra ver se encontra a sobrevivência diária? A sociedade sabe dos problemas, os governantes sabem dos problemas, mais se fazem de cegos, é como se nada tivesse ocorrido. A propaganda está lá, de quatro em quatro anos, todos querem um espaçinho lá na câmara municipal, ou um bom cargo na prefeitura, mais na hora da prática? Cadê?
   Ainda vejo uma Araucária suja, uma sociedade “pobre”. Eu quero ver uma cidade rica em empregos, livre a da poluição, com uma natureza exuberante, com hospitais em funcionamento, mais escolas, uma cidade sorridente, ver a felicidade no rosto das pessoas, e não só ver a felicidade no rostinho dos “manda-chuva”. Afinal, todos querem um lugar seguro pra viver, descansar, ser feliz... Porque um sonho se faz quando o olho se abre, pra torná-lo realidade.
Vamos procurar uma saída fora da insanide, nos libertar desse “lixo” e ilusão. A sociedade se cansou. Vamos libertar a paz que existe dentro de nossos corações, porque isso está virando como uma planta morta no meio de uma construção, aonde a única obra criada é a mentira e a corrupção. Grande ou pequena, mentira é mentira, e a mentira sempre se vira e volta pra você mesmo. Cuidado com o que diz, pois palavras são como uma arma, e se não souber usar, mira e acerta e você. E a esperança de melhorar minha cidade não morrerá, porque minha determinação é maior. A determinação de todos é maior.

 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Orgulho x Orgulho.

Enquanto a chuva cai lá fora, eu estou aqui com um nó na garganta, como se fosse uma vontade de gritar. Quero me aliviar disso. Quero ser livre, quero poder cantar sem perder o ritmo. Será que não me enxergas por dentro? Ou será resto da sua vida você irá me julgar pela aparência, pelo gênero musical que eu gosto, ou pelas paixões da minha vida? Isso é absurdo meu Deus! Não se deve julgar uma pessoa por ela ter um cabelo bizarro, ou por ela ter tatuagem. Cadê a cabeça aberta? Preconceito! É isso! Julgue a pessoa por o que ela pensa, julgue as coisas que se passam na cabeça da pessoa. Eu quero que sinta orgulho de mim, pelo o que eu sou. Não quero que tente me mudar. Eu sou assim... Tente me conhecer, venha me conhecer!  Eu quero poder te abraçar novamente, poder rir com você, poder sair correndo em tua direção. O que há tempos não acontece. Aqui dentro de mim, sinto um vazio, que só você poderá completar. Mais se você não me ajuda como irei te ajudar?
  Nossos desentendimentos foram\são causados por coisas fúteis, e a maioria delas, por ignorância dos dois lados. Queria poder ter a coragem de chegar a você e dizer: “Você é tudo na minha vida, me perdoe por tudo!” Mais a vida é assim mesmo, há os corajosos e os covardes, assim como eu. Eu não sei o que é isso, mais tenho receio de me aproximar. Medo. É exatamente isso! Ou talvez seja mesmo o orgulho. Sou muito orgulhosa, isso foi uma coisa que absorvi de você. E é como diz a música do Renato Russo: ”Você me diz que os seus pais não te entendem, eles são crianças como você”. Talvez seja isso, você e eu somos crianças mimadas. Não consigo aceitar o seu modo ver a vida, e você não aceita o meu. Acho que sempre será assim, essa “guerrinha”, que aos poucos vai matando minha alma. Não percebes que todos os dias faleço um pouco? Insano, é isso o que você é. Oh, por favor, me perdoe por essas palavras! A ironia também toma conta de nós. Tu não imaginas a vontade que sinto de acabar com tudo isso, e poder viver em paz. Às vezes eu sinto uma vontade incontrolável de ficar doente, pra ver se você vem cuidar de mim. Mais eu penso, “não, eu tenho que cuidar dele, a obrigação é minha.” É o orgulho, to falando! Não posso viver assim, com essas brigas, gritos que rasgam a minha alma, essas lágrimas... Afinal, vocês entendem o que eu quero? Talvez eu só queira um pouco de atenção, um pouco de amor. Sou tão carente de afeto, e é por isso que entrego minha alma tão fácil ás pessoas. Por isso, quase sempre eu sofro...
  Sinto falta de quando me trazia chocolates, me levava pra brincar no parque, e me enchia de beijos. Oh querido passado, como sinto falta de ti! Mais nunca me perguntou: “filha, o que você quer ser quando crescer, ehn?!”. Nunca perguntou: “Como foi seu dia hoje? Como foi na escola?!”. Ou “porque você está triste? Será que posso fazer algo para ajudar querida?”. Na verdade, hoje em dia não há diálogo entre nós. Só nos “falamos” para discutir. Não estou aqui para criticá-lo. Na verdade, foi um forma de desabafar. É... Mais ele nem imagina o tamanho do orgulho que sinto dele, por ter construído esse “império”, o tamanho do amor que está aqui dentro do meu coração. Não sabe a falta que me faz. NÃO SABE. Não sabe a vontade que tenho de voltar no passado e concertar tudo. A coisa que eu mais quero agora é poder deixar de ser orgulhosa e covarde e dizer: Eu te amo pai.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sobre amor e libélulas.

Um dia desses estava escorada na janela da minha casa, quando uma libélula pousou a poucos centímetros do meu braço. Na hora, eu não sabia ao certo se aquilo era uma libélula, ou uma cigarra, ou um inseto gigante qualquer. Nunca soube, e os poucos segundos que perdi tentando classificar o bicho foram suficientes pra que sumisse. Bateu asas e sumiu entre as árvores.
Eu tenho uma ligação especial com libélulas. Foi correndo atrás de um que me esborrachei no chão, fraturando uma costela, perfurando o braço e sofrendo uma hemorragia interna que por pouco não me matou.
Tinha cinco anos, e desde então, convivo com uma cicatriz que me atravessa o abdome, lado a lado. Tudo o que eu queria era vê-la de perto, justamente para classificar se o bicho era em questão, cigarra, libélula, ou "seja-lá-o-que fosse".
Se a necessidade de classificar uma libélula me rendeu 3 meses de internação, imagino  o que me aconteceria se eu ficasse tentando classificar meus sentimentos. Inclusive, me cansa ver por todo lado gente tentando diferenciar um sentimento do outro. Se é amor, amizade, namoro, rolo, beijo, ficada, passa-tempo... Não tenho a mínima idéia e nem quero ter! São as inúmeras as espécies de relacionamento e a tentativa de classificar a todo minuto algo que, as vezes, é simplesmente inclassificável, pode resultar em muito mais do que um braço perfurado.
As vezes, perdemos a noção de que cada minuto da nossa vida pode ser o derradeiro, de que cada ligação telefônica pode ser a ultima, bem como aquela pessoa, de quem você ainda não sabe se gosta. pode ser o seu ultimo romance.
E é como diz a música do Lulu Santos:
"Hoje o tempo voa, amor
E escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos no permitir!"
O amor é uma libélula que pousa na nossa janela pouquíssimas vezes, Corra atrás da sua libélula, sem medo de se machucar. Viva o seu romance. Viva o seu último romance.